Como o OnlyFans está mudando a indústria pornográfica?
O OnlyFans foi criado em 2016 pelo britânico Tim Stokely e, a partir de 2020, passou a ganhar cada vez mais destaque na mídia e na cultura pop. Supostamente feito para ser uma plataforma que conecta os fãs com criadores de conteúdo, o site passou a ser utilizado para a venda de conteúdos pornográficos. Afinal, diferentemente de outras redes sociais, ele não censura a nudez ou as cenas de sexo.
Hoje, muitas pessoas começaram a estudar o fenômeno que é o OnlyFans para entender como esse tipo de plataforma está impactando a indústria pornográfica e o consumo de conteúdo na internet. Para nós, feministas antipornografia, entender como o OnlyFans está sendo utilizado pelas mulheres e como ele se encaixa no cenário mais amplo da indústria pornográfica é essencial para compreender essa nova faceta da pornografia, que é cada vez mais baseada na ideologia neoliberal.
Durante as três aulas deste minicurso, vamos explicar como o OnlyFans foi criado, porque houve este boom do seu uso durante a pandemia, o que é a uberização do trabalho e, principalmente, como o uso dessa plataforma impacta a vida das mulheres.
Se você quer aprender mais sobre o uso dessa nova tecnologia por parte da indústria pornográfica, este curso vai trazer informações e referências feministas valiosas!
Calendário e conteúdo das aulas:
28/8
O que é OnlyFans?
Aula introdutória sobre a história da plataforma. Vamos falar sobre quanto as pessoas realmente lucram vendendo conteúdo e como funciona a relação entre o produtor e seus consumidores.
30/8
Uberização do trabalho e
o uso do OnlyFans
Como o neoliberalismo e a pandemia mudaram as relações de trabalho e como isso afetou a indústria pornográfica? Na segunda aula vamos entrar mais a fundo no conceito de uberização e explorar suas consequências na vida das mulheres.
01/9
Como o OnlyFans é representado na mídia?
Na última aula vamos analisar os casos de famosas como Key Alves, Anitta e Lumena para refletir sobre a forma que a mídia fala sobre esse novo formato de pornografia. Que tipo de mensagens as mulheres mais novas estão recebendo e o que isso significa para a nossa cultura?
Palestrantes
Letícia Graton
Comunicadora formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestranda em Jornalismo e Comunicação na Universidade de Coimbra (UC). Estudou sobre a representação da maternidade na série The Handmaid's Tale no seu tcc. Criadora, roteirista e apresentadora do podcast "O Pessoal é Político".
Isabela Graton
Comunicadora formada pela Universidade de Brasília (UnB) mestranda em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismo na UFBA. Estudou sobre indústria pornográfica no seu tcc e continua pesquisando esse assunto na sua dissertação. Criadora, roteirista e apresentadora do podcast "O Pessoal é Político".